Adaptabilidade. Essa palavra descreve bem Israel. Um país novo, estabelecido oficialmente apenas em 1948, mas que virou referência mundial em diversos aspectos.
E grande parte desse sucesso vem das circunstâncias enfrentadas pelos israelenses.
Já ouviu aquela frase que diz que tempos difíceis fazem pessoas fortes? É bem por aí. Israel mostra isso na prática, pois, desde sempre, precisou lidar com situações difíceis.Em um ambiente hostil, cercado por inimigos e com escassez de recursos naturais e terras nada propícias para a agricultura, foi preciso fazer milagre.Assim como um empreendedor deve saber lidar com recursos limitados e situações adversas, o povo israelense tem que se reinventar e se adaptar constantemente.
O que restou a Israel?
Mais da metade do país é ocupada pelo deserto do Negev. Como eles não tiveram a mesma sorte que o Brasil, o agro não seria uma opção.
Para isso, seria preciso encontrar outro caminho para se destacar economicamente. E o escolhido foi a tecnologia.
O país apostou em desenvolver tecnologia de ponta para se diferenciar — edeu muito certo. Boa parte do desenvolvimento israelense se deve à sua força tecnológica.Não é à toa que, proporcionalmente, Israel é o país que mais investe em pesquisa e desenvolvimento:
Vale destacar que a grande maioria do investimento de Israel em P&D vem da iniciativa privada, diferente dos outros líderes do ranking.Isso mostra a maturidade do setor de alta tecnologia israelense. Inclusive, algumas das maiores empresas do mundo têm centros de pesquisa e desenvolvimento no país.Alibaba, Amazon, Apple, Google, IBM, Intel, Microsoft, Unilever e tantas outras gigantes não deixam de aproveitar a mão de obra e o ecossistema israelenses.Falando em mão de obra, veja como Israel se destaca quando o assunto são profissionais de tecnologia:
Os conflitos armados também impulsionam a inovação
Por mais controverso que seja dizer isso, as guerras deixam heranças positivas. Várias inovações que fazem parte do nosso dia a dia foram desenvolvidas durante guerras.É o caso dos computadores, wi-fi, forno de micro-ondas, antibióticos, GPS, celulares e diversas outras nos mais diferentes setores.É óbvio que as guerras, em geral, causam sofrimento, miséria e geram muitas vítimas. Apesar disso, a necessidade de sobreviver acaba obrigando Israel a inovar sempre.
Serviço militar nacional
É obrigatório para todos os cidadão israelenses, após o fim da escola. Tanto para homens, que servem 3 anos, quanto para mulheres, que servem por 2.Ao fazer parte das Forças de Defesa de Israel, as pessoas desenvolvem diversas competências.
Resiliência, capacidade de lidar com pressão, trabalho em equipe, recursos limitados, tomada de decisão, disciplina e por aí vai.
São inúmeras habilidades que não são lecionadas no ensino tradicional e são fundamentais no trabalho, especialmente para empreendedores.
O país das startups
Essa sede de inovação também pode ser vista no cenário startupeiro. Israel é conhecido por “startup nation”, e não é por acaso.Afinal, estamos falando do país com maior número de startups per capita do mundo — embora não seja um consenso, visto que varia de acordo com a definição do que é uma startup.
De qualquer forma, esse rótulo pouco importa. O que importa é o resultado que isso gera e a força da cultura de startups no país.
Alguns cases israelenses são o Waze — adquirido pelo Google em 2013 por mais de US$ 1 bilhão —, o criador de sites Wix e o marketplace de freelancers Fiverr.Também vale destacar que o mercado está aquecido e vem em uma forte tendência de alta. As startups de Israel nunca captaram tanto:
Quase 10% dos unicórnios
No mundo todo, são cerca de 1.200 startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. Quase 100 delas são israelenses — número bem expressivo, considerando o tamanho do país.
Pra matar sua curiosidade, o Brasil tem em torno de 20. Nos EUA, país em que mais tem, são mais de 600.
Isso faz de Israel o país com mais unicórnios per capita, ou seja, em relação à sua população, é a nação com mais unicórnios do mundo.Além disso, a nação das startups também se destaca quando o assunto são grandes empresas. Depois de EUA e China, Israel é o país que tem mais empresas listadas na Nasdaq. Os israelenses não estão de brincadeira…
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